Por conta da pandemia do Covid-19, no estado de São Paulo ainda estão proibidos treinos físicos e técnicos dentro dos clubes que participam de competições profissionais ou de base, como é o caso do Metropolitano Jundiaí Futebol Clube. Só que treinos físicos estão sendo ministrados pela coordenação técnica da agremiação, de forma virtual, com atletas do Tricolor realizando suas atividades na sua própria residência. E muitos pais entraram na rotina de auxiliar os filhos nos treinos.




Um dos casos é de Luís Henrique Costa Xavier, que tem 47 anos. Ele é pai de Math, goleiro do sub-15 do Metropolitano para esta temporada. Luís Henrique chegou a ser goleiro em três clubes de camisa do futebol brasileiro. “Joguei nas categorias de base do Vasco entre 1987 e 1988, do Palmeiras entre 1989 e 1990 e o Fluminense entre 1991 e 1992”, conta.

Conhecedor da posição, ajuda o filho a não perder a forma técnica. “Não é simples, às vezes ser pai treinador e ao mesmo tempo traz alguns conflitos, pois eu tenho a tendência de ser mais exigente e menos tolerante com alguns comportamentos. Nos exercícios técnicos focamos na repetição dos movimentos até alcançarmos a perfeição, basicamente fazemos de tudo, exercícios de agilidade, flexibilidade, tempo de reação, trabalho com os pés”, comenta.

Sobre as atividades neste momento serem em casa, Luís Henrique diz que é mais complicado para quem é goleiro. “Tem fundamentos que não conseguimos realizar aqui em casa, como por exemplo a saída de gol em cruzamentos, cobranças de tiro de meta e passes longos com os pés”, afirma.

O goleiro Math se vira treinando em casa





Outro pai que ajuda o seu filho nas suas atividades é Jefferson Morais dos Santos Junior, de 42 anos. Ele é pai de Pedro Meira, meio-campista da categoria sub-15 do Metro (no destaque no alto). Jefferson Morais encara o futebol como hobby e o momento para ele está sendo prazeroso. “Temos um campo dentro do condomínio e o proprietário permite nossa entrada e também a sorte de morar em casa, onde existe o espaço necessário para atividade física”, disse.

“Nos primeiros meses estávamos treinando diariamente físico com bola, treino de passe com os dois pés, cruzamento e cobrança de faltas e pênaltis. Agora ele treina físico de segunda a sexta e no final de semana pelo menos uma vez por semana treinamos com bola, como passe, cruzamento e bola parada”, finaliza Jefferson.




O pai de Pedro Meira gostaria de treinar ainda mais com seu filho se pudesse, e as atividades viraram forma de incentivo para prática de exercícios físicos dentro da própria família. “Gostaria de ter mais tempo para poder manter a rotina diária, pois treinar com ele tira da rotina e monotonia, com toda a família está participando. A minha esposa que não mantinha rotina de exercícios regular, até começou a acompanha-lo duas vezes por semana em seus treinos”, completa.